Romantismo é um movimento artístico e literário que surgiu na Europa no final do século XVIII e se expandiu pelo mundo no século XIX, incluindo Portugal. Foi um movimento que exaltou o individualismo, a emoção, e a natureza. O romantismo se opôs aos valores do iluminismo, que enfatizavam a razão e a lógica. No contexto português, o
romantismo teve grande importância, principalmente no que se refere à literatura. Os românticos portugueses, como Almeida Garrett, Alexandre Herculano, e Camilo Castelo Branco, buscavam uma expressão mais livre e individualista, valorizando a paixão e a subjetividade. Ao mesmo tempo, o romantismo português foi marcado por um patriotismo histórico, que buscava afirmar a identidade nacional do país. O romantismo português levou a uma grande produção literária, com obras que se tornaram clássicos da literatura, como os romances de Camilo Castelo Branco, A Morgadinha dos Canaviais e Amor de Perdição. No campo da poesia, destacam-se nomes como Almeida Garrett, que escreveu a peça romântica Frei Luís de Sousa, e António Feliciano de Castilho, com suas poesias que homenageavam a natureza. É importante notar que, apesar do movimento ter tido grande influência na literatura, o romantismo não se limitou apenas a essa área. Na arte, por exemplo, o romantismo português se refletiu em pinturas que valorizavam a paisagem natural e o individualismo. O romantismo também se manifestou na música, com compositores como Marques da Cruz e Domingos Bomtempo. Em resumo, o romantismo foi um movimento que influenciou não só a literatura, mas diversas áreas da arte e da cultura em Portugal, valorizando a sensibilidade individual e a exaltação da natureza.